Mesmo os voos solitários chegam em algum lugar. Façamos de nosso Pais a Terra que sempre sonhamos viver...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Jornalismo pede respeito


O Brasil anda na contramão. O Mundo investe em educação, enquanto tentamos tirar o valor da formação e do Diploma do Curso Superior
Veja o que pensam os Profissionais da Área.


 Jornalista José Nunes. (UNISINOS)
Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS – 42 anos 

Entrevista cedida ao Sofá de Pobre com exclusividade, em  20/08/2012

Sofá de Pobre
- Como o Senhor vê o fim da obrigatoriedade do Diploma, para o exercício do profissão?
José Nunes
- O retroceder. Atentado à qualidade da informação. Hoje no Brasil, para ser Jornalista, basta nascer.
Sofá de Pobre
- Qual  a sequência de fatos que resultou nessa situação?
José Nunes
-  A Folha de São Paulo, visando seus interesses, entrou com a ação. Tinha em seus quadros grande número de “profissionais” não formados.
Em 2001 a Juiza Carla Risster (SP)deu parecer favorável em 1ª Estância.
Sofá de Pobre
- Podemos considerar improcedentes informações que a Globo foi responsável, para garantir a possibilidade de manter comentaristas não formados, principalmente na área do esporte?
José Nunes:
- Totalmente improcedente. As pessoas confundem. Comentarista, Colunista, Locutores ou Cronistas são áreas especificas. Não jornalistas.
Jornalismo se resume a repórter em busca da noticia. Humor, escracho ou comentários não são considerados.
Sofá de Pobre
- O senhor teria exemplos?
José Nunes
- CQC, Pânico, Arnaldo Cesar Coelho, Nelson Rubens, Galvão Bueno (quando narrando), Willian Bonner (ao apresentar o JN)  não exercem jornalismo.
Sofá de Pobre
- Voltemos a questão Diploma. O que veio depois?
José Nunes
- Em 2002 o Conselho Regional de Jornalistas foi ao Congresso. João Paulo Cunha, então Presidente do legislativo, engavetou.
- Em 2008 nova tentativa. Dessa vez o presidente vetou.
- Entidades do porte da ANJ e ABERT não desistiram. Hoje tramita no Congresso uma nova tentativa de voltar a obrigatoriedade do Diploma.
Aprovada duas vezes no Senado, segue para Câmara dos Deputados. Mesmo processo. Depende de dois pareceres favoráveis.
Sofá de Pobre:
- Em resumo?
José Nunes:
- A lamentar. Decisão Estadual ter conotação Federal. Privilegiar aventureiros, não profissionais formados e gabaritados. O Judiciário intervir, em questões pertinentes à Entidades de Classe. Empresários agirem contra a qualidade de serviços.
Sofá de Pobre:
- O senhor tem noticia da obrigatoriedade de Diplomas em outros Paises?
José Nunes:
- Em Paises desenvolvidos não há necessidade de obrigar. Empresários fazem questão de só contratar Jornalistas formados. Privilegiam a qualidade.

SOFA DE POBRE APÓIA O SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO RS, NA JUSTA LUTA EM DEFESA DA VALORIZAÇÃO DE SUA CATEGORIA.

INVERSÃO  DE VALORES. O MAL DO SÉCULO XXI.

E Assim o Mundo Gira e o brasil se Afunda

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