Mesmo os voos solitários chegam em algum lugar. Façamos de nosso Pais a Terra que sempre sonhamos viver...

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Montenegro RS - Casas Populares de Eucalípto - Leia texto e chore

Descaso com Educação e Habitação popular. Marca Registrada de Administrações em todos os níveis.
Iniciativas no sentido de cicatrizar essa chaga, alavanca para aplausos, desde que respeitando lógica, bom senso e Leis do Possível.
Micos Históricos marcaram Administradores e nasceram sob o rótulo do Inovador.
Teimosia ou anseio de marcar como diferente e criativo, inspiram aventuras inimagináveis.

Foto: Autor Desconhecido

Jamais confundir:
- Solucionar um problema, com troca-lo por outro
Marta Suplicy (PT) no seu fatídico mandato em São Paulo, quando ficou conhecida como Martaxa, devido ao grande número de taxas e impostos cobrados, caiu na armadilha: Erro crasso. Escola de Latas.
Aberração alardeava economia na Construção de Escolas. Ficou conhecida como Torradeira de Inocentes.
Humanamente impossível assistir aulas no interior daquelas engenhocas.

Hoje, Paulo Azeredo, Prefeito de Montenegro RS, planeja incorrer em erro semelhante.
Diz a máxima:
- Em Política não se inventa. Quer ser diferente? Faça o B.A BA com qualidade.
Parece que o Nobre Chefe do Executivo teima em não entender essa máxima.
Acena agora com Casas Populares, construídas com Eucalítpto.
Para o bem de todos, inclusive o dele, atrevo-me a pedir:
- Não leve essa insanidade adiante.
Material inadequado, em local improvável, piada pronta. Fracasso previsível. Já vimos esse filme.
Inconsequência alegar:
- Pra quem não tem onde morar, é Mansão.
Mentalidade de Pais acostumado a confundir dar esmolas, com amparar.
O Povo está com fome.
Seguindo a máxima:
- Sirva capim. É mais barato que arroz e pra quem não tem o que comer, o que vier é lucro.

Foto: Autor Desconhecido

Eucalípto em toras, até demonstram resistência. Em pranchas beneficiadas, jamais.
Faça o teste:
- Deixe uma tábua de Eucalípto no tempo, por um mês e veja o resultado.
Podem até surgir gênios esclarecendo sobre a existência de substâncias que, envolvendo-se a madeira, ela pega maior resistência. Até aí, nenhuma novidade. Mas pode acarretar que a manutenção da Construção exija investimentos, que obviamente os candidatos às moradas não possuem.

Sem esquecer detalhes:

01 - Janelas? São de Eucalípto? Acredito que não. Independente da madeira, quem as confeccionou? Houveram licitações?
02 - Banheiro e Cozinha? Eucalípto ou alvenaria? Se de alvenaria, qual material utilizado e origem?
03 - Telhas? Qual material e origem?
04 - Sabe-se da existência de máquina trazida a Montenegro no passado, para produzir tijolos de baixo custo. O que houve com ela?
05 - Alternativas baratas, seguras e ecológicas vem sendo mostradas, na elaboração de blocos.Muitos com utilização de lixo reciclável.
Custo benefício - Alvenaria, em comparação com o Eucalípto e durabilidade, não seria bem mais barato?
06 - Lógico que reconheço a existência de determinadas espécies de Eucalíptos, com boa durabilidade, mas é sabido que não existem por aqui.
A"importação", lembrando a carência de estradas e apoio logístico onerariam o custo final.
07 - Outras questões interessantes: Origem dessa quantidade de pranchas. Quem é o fornecedor? A quem beneficiaria o uso desse material?
08 - E a madeira da casa modelo, retirada de onde? Falou-se muito de cortes irregulares no Centenário e em matas ciliares, estaria aí a explicação?

Tenho visto muitas decisões impensadas na atual Administração. Tomadas no impulso e sem consultar ninguém. Confesso que não imaginava chegar a esse extremo.

Eucalípto?
Cidade de clima úmido, frio, com grande incidência de chuvas e alvo de bipolaridade do Tempo.
Invernos de 0ºC e Verões de 40ºC.
Ensopem o Eucalítpto. Deixem-no secar no Sol e depois digam se gostariam ver suas famílias, vivendo em casa revestida por essa madeira...

Entro no Campo Burocrático.
Ao tentarmos construir uma ínfima edícula nos fundos de casa, somos bombardeados por exigências.
Habite-se. Documento conquistado às custas de muita dor de cabeça e sapos engolidos. Carimbos conquistados a base de humilhação.
Quero ver agora o Profissional com coragem de colocar o seu aval, assinando a liberação das casas.
O ganho financeiro deve compensar o risco de dar um fim trágico à uma carreira.

A Cidade das Festas, aonde não se tem muito o que comemorar, poderá organizar mais uma.
FESTA IBIÁ DOS CUPINS...

PROJETOS COM EMBASAMENTO TÉCNICO - EXERCÍCIO DE CIDADANIA
MONTENEGRO MERECE

Foto: Autor Deconhecido

O ideal nem sempre é possível. Idealizar o impossível, protagonizar o caos. Efeitos Colaterais nocivos chegam para ficar. Morre-se da cura.
Justiça seja feita. Déficit Habitacional, herança maldita. Vem de longa data.
Inúmeras famílias padecem com o abandono. Moradia. O mais básico dos direitos.
Espera-se soluções. Não milagres.
A questão agrega inúmeros setores.
Não basta apenas construir paredes e teto. Existe a infra estrutura.
Começa pelo Terreno. Aonde será? Como acontecerá a posse? desapropriações serão necessárias? Quem paga a conta? Local salubre ou dentro da enchente?
Acesso em boas condições. Meio fio. Ruas transitáveis. Água. Luz. Saneamento. Comércio. Segurança. etc...
Acredito ser o desejo de todo governante zerar o problema. Satisfação pessoal e consagração, mas sabe-se fugir do real.
A não ser que a intenção final é jogá-los no meio do nada, com a obrigação de pagar pela urbanização.
Embrião de mais uma favela, pronta para cair nas mãos do crime
Espero de Paulo Azeredo que faça sua parte. Não que solucione 100%, mas que cumpra sua parte.
Uma família alojada com qualidade, vale mais que 10 meia solas.
Falam em 4 mil famílias carentes. Socorrer 1/3 com qualidade e abrir o caminho para reverter esse quadro deplorável.
Aplaudirei se, no final de 4 anos, o Prefeito tenha criado um novo Bairro Popular Padrão, com o número de residências possível, dentro do priorizar qualidade.

Casa, para se tornar Lar, tem que ser construída com amor e respeito.

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